SuperVia alega que travessia estava fechada





Carro foi arrastado pela linha de trem




Após colisão, trem percorreu 60 metros até parar completamente


A SuperVia, concessionária que administra os serviços de trens na cidade do Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (05) o sinal estava fechado para a travessia de carros, ônibus, caminhões ou motos no momento do acidente.


No início da manhã, Solange Dias Pereira, 38 anos, teve o carro arrastado por cerca de 60m por um trem do ramal de Belford Roxo às 7h14. De acordo com a SuperVia, um trem de quatro carros cheios pesa, em média, 250 toneladas e, ao trafegar em velocidade de 30 km/h, como aconteceu, depois de acionado o freio de emergência, o trem percorre 60 metros até parar completamente.

Em nota, a empresa reitera que “a passagem de nível de Costa Barros, na zona norte da cidade, é devidamente sinalizada, com comunicação semafórica e sonora em perfeito funcionamento, de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”.

A Associação determina, a exemplo das normas dos Estados Unidos e Europa, que a velocidade máxima dos trens em passagens de nível deve corresponder à velocidade permitida no trecho. Mesmo assim, segundo a SuperVia, ela orienta os maquinistas a transitarem com a velocidade de 30 km/h nestes locais.

Relato emocionante

Enquanto esperava para receber atendimento no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio, Solange contou que o carro morreu quando ela passava pela linha férrea. Ao ver que o trem se aproximava, ela saiu do veículo e entrou no banco traseiro para soltar a filha, Clara Luísa Pereira, de um ano e três meses, presa à cadeirinha.

- Abracei minha filha e pedi a Deus para nos salvar. Deu tudo certo e estamos bem.

A cada segundo que passava a composição ficava mais próxima. O desespero tomou conta da mulher que não conseguia retirar a filha do carro prestes a ser arrastado pelo trem. Solange contou que abraçou a filha para protegê-la com o próprio corpo.

- Pedi: nos protege, nos protege. Só pensava em proteger minha filha. Tudo acabou bem. Ela está bem e eu só machuquei o pé e dei um jeito no pescoço.

Com o impacto da colisão, ela machucou o pescoço e também o pé, que estava parcialmente para fora do carro.

Mãe e filha foram retiradas do carro por homens do Corpo de Bombeiros. Inicialmente, a informação era de que as duas haviam conseguido sair do carro antes da colisão.

O impacto não foi tão forte porque a passagem de nível onde parou o carro de Solange fica a 100 metros da estação de Costa Barros, na zona norte do Rio, não dando tempo suficiente para a composição atingir a velocidade máxima permitida. As afirmações foram feitas em entrevista dada à rádio CBN.
Do R7

05/05/2011 às 13h25






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