A FASE DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DO SOTEROPOLITANO.


 Estação de Calçada                                             Interior da Estação  meados de 90
Logo após a reforma em 1936
A FASE DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DO SOTEROPOLITANO.


A linha-tronco da Viação Ferrea do Leste Brasileiro (VFFLB) era a linha original da E. F. Bahia ao São Francisco, aberta entre 1860 e 1863 e ligando a estação da Calçada, em Salvador, à de São Francisco, em Alagoinhas, ainda bem longe do rio do mesmo nome. Esta linha foi incorporada pelo Governo baiano em 1903, repassada a outros concessionários até que em 1911 foi entregue à concessão da Cia. Chemins de Fer Federaux du L'Est Bresilien, de capital francês. Em 1935, a VFFLB foi criada pelo Governo para ficar com o acervo dos franceses, já sem interesse de mantê-la. Em 1975 foi definitivamente incorporada pela RFFSA como uma de suas divisões, depois de ter sido uma das constituintes desta, em 1957. O último trem de passageiros de longo percurso passou pela linha nos anos 1980, e hoje (2005) trafegam, no trecho Calçada-Paripe, apenas trens elétricos metropolitanos, ainda sob a batuta da CBTU. Hoje todas as linhas baianas que sobram em atividade estão sob a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).



A ESTAÇÃO: A estação de Salvador foi aberta com o nome de Jiquitaia em 1860, e era uma estação "central e marítima da estrada", segundo descrição de Cyro Deocleciano, em 1886. A estação, foi também chamada de Baía e Estação da Calçada. A estação sempre esteve onde está hoje, desde a inauguração em 1860. Jiquitaia hoje é o nome da avenida que, saindo da região do



ACIMA: Bairro da Calçada do Bonfim, depois Calçada, em 1861. Era nessa época considerada um arrabalde de Jequitaia, região afastada no município de Salvador (Fotografia: Camilo Vedani. Acervo Walter Lessa).

porto, chega a Calçada, que é o nome do bairro onde se localiza a estação. Entre o porto e a estação a distância é de cerca de 3 a 4 km. O que ocorria é que havia um ramal de linha singela que saía da Estação da Calçada e se dirigia ao porto de Salvador, sem paradas intermediárias. Até o início dos anos 1970, esse prolongamento percorria toda a extensão do cais do porto, mas, com a construção do terminal de containers, naquela mesma década, o ramal ferroviário só chegava àquele terminal. Na verdade, nos anos 1980 somente os trens de minério de Magnesita é que trafegavam para o porto, pois a empresa Magnesita tinha um terminal de exportação ao lado do parque de containers. O ramal que saía da Calçada cruzava duas movimentadíssimas avenidas da Cidade Baixa e ainda passava por dentro da Feira de São Joaquim (na verdade, foram os feirantes quem invadiram o espaço da ferrovia), praticamente raspando pelas barracas. Por causa disso, os trens de Magnesita só podiam trafegar durante as madrugadas. Como a Magnesita construiu um terminal novo do porto de Aratu, dentro da Baía de Todos os Santos, porto especializado na descarga e embarque de granéis sólidos, líquidos e gasosos, e não mora ninguém por lá, uma vez que a região pertence à Base Naval de Aratu, da Marinha do Brasil, que é a maior base naval brasileira fora do Rio de Janeiro, a linha férrea do ramal além da Calçada deixou de ter utilidade e foi desativada na segunda metade da década de 1990. A linha ainda está lá, mas não é mais usada. Aliás, os trens de carga nem mais vêm a Salvador, pois, segundo soube, as condições da linha entre Aratu e Paripe são péssimas. Em 1925, as tropas baianas que participaram da batalha em Catanduvas regressaram de trem à estação e foram recepcionadas pelo Governador Góes Calmon. Em 1936, ela sofreu uma grande reforma. Outra reforma veio em 1981. Ela é hoje uma estação de trens suburbanos tocados pela CBTU.

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Flavio Cavalcanti; Alexandre Santurian; Acervo Walter Lessa; www.vfco.com.br; Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr.: Estradas de Ferro do Brazil, 1886; RFFSA: Relatório da SR-7, 1984; Revista da Semana, 1925; Guias Levi, 1932-84).

Após este período a ferrovia passou as mãos do município a CTS, onde deu continuidade ao serviço de subúrbio de salvador, a CTS na verdade deu continuidade ao sucateamento dos trens de subúrbio de Salvador fazendo com que os trens percorressem por poucos Kms, dentro da região a segurança dos usuários da ferrovia é feita por empreiteiras (empresa de vigilância ) que não tem conhecimento da operacionalização da mesma e com o retorno de alguns funcionários da CBTU que foram enquadrados por meio da anistia fiscalizam os serviços prestados por estes terceirizados.

O sindicato dos ferroviários da Bahia, veem fazendo varias movimentações para que o sistema retorne as mãos do governo federal(CBTU), pois até os salários dos funcionários por muitas vezes é atrasado pelo governo municipal causando assim a paralização do sistema ferroviário.

Ainda hoje continua a construção do Metrô de Salvador, que é uma obra que vem dando muita dor de cabeça para o povo Soteropolitano, pois a prefeitura quer operar o sistema como faz com o sistema ferroviário. Os ferroviários estão preocupados com o fato pois ja sofrem com o descaso no sistema feito pela prefeitura do Salvador.


A CTS restaurou 4 unidades de trens BUD da década de 60 mais somente 2 estão em circulação pois as outras encontram-se sempre em manutenção e com preocupação dos que operam os mesmos.




PFF Abrão
http://www.pffbrasil.blogspot.com/

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