Sabotagem no Metrô de Brasilia tem 80 investigados



Sabotagem no Metrô tem 80 investigados




Polícia Civil diz não ter dúvidas de que houve ação humana na violação do sistema do metrô na última sexta-feira. Ao menos 80 funcionários da companhia são investigados e podem pegar até dois anos de cadeia pelo crime.



A Polícia Civil abriu inquérito ontem para apurar um caso de sabotagem no Metrô do DF. Pelo menos 80 pessoas estão na lista das que podem ter entrado na sala restrita onde a violação do sistema ocorreu. As primeiras investigações praticamente descartam uma pane no sistema. Indícios encontrados pelos agentes, como o tipo de cabo utilizado para interromper o funcionamento do tráfego e a programação feita para provocar as pausas dos trens, reforçam a hipótese de ação humana criminosa. As suspeitas começaram após denúncia de funcionários da Companhia do Metropolitano do DF, que encontraram o armário onde estaria a fiação danificada. Na última sexta-feira, as viagens dos trens tiveram atrasos de até uma hora e muitos passageiros ficaram trancados nos vagões.



O chefe da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Yuri Fernandes, responsável pelo caso, afirmou que o cabo encontrado conectado de forma irregular era da própria rede de manutenção do metrô, o que reforça a hipótese de o dano ter sido causado por um empregado do órgão. “É muito difícil que alguém de fora tenha conseguido entrar lá. Mais improvável ainda é alguém entender do sistema e saber como provocar as paradas do trens em horários programados, como ocorreu”, disse o delegado. Segundo ele, o universo de suspeitos é grande, vai desde faxineiros até motoristas. “Verificamos que houve intervenção humana. Qualquer sistema pode dar problemas, mas não acreditamos que esse foi o caso. Essa ação poderia ter provocado uma tragédia”, complementou.

Fonte: Jornal Extra de Alagoas

PFF Abrão
http://www.pffbrasil.blogspot.com/






Comentários

  1. Nota sobre panes causadas por suposto plano de sabotagem no Metrô/DF, vinculado em meios de comunicação em 13 de fevereiro de 2012.
    Sobre as notícias veiculadas em meios de comunicação sobre panes causadas por possível plano de sabotagem no Metrô-DF, o Sindicato dos metroviários afirma que não tem nenhum envolvimento com o suposto plano de sabotagem, defende que seja feita a apuração dos fatos mencionados e repudia qualquer tentativa de vinculação do movimento de greve com as panes no sistema. O Sindmetrô/DF trabalha dentro da legalidade e postula que o exercício do direito de greve pelos trabalhadores é a manifestação máxima de sua indignação com a empresa. Os limites dessa manifestação são definidos em lei.
    As panes nos sistemas de sinalização, elétrico e mecânico do Metrô/DF são causadas por ineficiência e ausência de fiscalização nos contratos de manutenção terceirizada. Estas já foram motivo de inúmeras denúncias por parte do Sindicato. As panes infelizmente ocorrem quase que diariamente, e sua existência apesar de absurdas, já são tidos como corriqueiras por quem pega o Metrô todos os dias. A direção do Metrô/DF parece tentar encontrar uma justificativa para a ineficiência dos serviços de manutenção terceirizada em um suposto “plano de sabotagem”.
    A manutenção do Metrô é absurdamente ineficiente, ilegal, cara e gera inúmeros prejuízos à população. Inclusive os trabalhadores metroviários, por diversas vezes, fizeram greve para que ocorram melhorias na precária manutenção do Metrô/DF. Cabe ressaltar que a manutenção é feita por em média 300 empregados terceirizados, estes serviços custam à quantia exorbitante de 126 milhões de reais (o dobro da folha de pagamento dos 1.200 empregados da Companhia), e a permanência de empregados terceirizados na manutenção ainda descumpre decisão judicial.
    Mesmo depois de proferida decisão judicial de retorno de empregados concursados nas atividades de manutenção, o Metrô/DF insiste em descumprir a decisão da 7ª Vara do Trabalho, no processo nº 419 de 2004, para manter empregados terceirizados em área fim. Insiste ainda em descumprir acordo firmado entre Empresa e Ministério Público do Trabalho quanto ao retorno de concursados nas atividades de manutenção.

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  2. Sobre o fato ter sido encontrado cabos trocados na Estação Central, declaramos que nenhum empregado concursado é autorizado a manipular cabos, essa é uma atividade exclusiva de terceirizados. E se foi realmente alterado os cabos, esse efeito se daria somente na Estação Central, não nos 42 KM da via por onde ocorrerem várias panes em vários trens. Isso nos trás outras indagações: Se o problema foi uma sabotagem e foi resolvido, por que as panes não acabam? Por que hoje foram evacuados mais 2 trens por falhas de portas e tração? Por que hoje à noite Metrô opera com apenas com 20 dos 32 trens, e os outros estão parados na manutenção? O Metrô não está mais em greve e qual é a justificativa para tamanha ineficiência?
    Ressaltamos que o comando de greve do Sindmetrô/DF cumpre integralmente a decisão judicial que determina a garantia de 30% dos serviços à população no período de greve, zela pela boa prestação dos serviços, atua no sentido de promover melhores condições de trabalho aos empregados e melhorias no transporte para a população. Fato que ficou evidenciado no julgamento do dissídio de greve, em que o movimento foi julgado LEGAL e não abusivo pelos 8 desembargadores do TRT. Nenhum ato que exceda esses limites determinados pelo Poder Judiciário recebeu ou receberá qualquer apoio por parte da direção deste sindicato.
    Por fim, o Sindicato dos Metroviários reitera que não tem qualquer ligação com suposto plano de sabotagem, que todo o movimento de greve foi conduzido de forma legal, que cumpriu todas as determinações judiciais. Os metroviários reivindicam que o serviço desempenhado pela manutenção terceirizada retorne a ser público e assim de qualidade, conforme decisões judiciais proferidas. Repudiamos qualquer tentativa de vinculação do movimento de greve com estes fatos e solicitamos que sejam apuradas todas as irregularidades.
    Metroviários e população juntos, por um Metrô público e de qualidade!
    SINDMETRÔ-DF

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