Vandalismo: CBTU gasta cerca de 80 mil reais com manutenção de portas e janelas na PB



A CBTU chega a gastar, por ano, cerca de R$ 80 mil com a manutenção de portas e com a reposição de janelas dos trens. O prejuízo é causado pelo vandalismo e irresponsabilidade de alguns usuários. Com pressa de sair ou entrar, ou por motivos pessoais, usuários seguram as portas, chutam e retiram as borrachas que fazem o isolamento. Como o sistema é automático, ações como essas prejudicam o funcionamento. 

Para consertar seis portas de carros de passageiros são gastos, em média, R$ 1 mil. O valor pode ser bem superior se não for necessário comprar peças. A manutenção e o conserto é feito, diariamente, na oficina de Cabedelo e quando funcionários da empresa identificam que as portas estão abertas, o conserto é feito nas estações principais: João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. Quando necessário, veículo é tirado da composição. Por isso, alguns trens, que geralmente tem cinco vagões, circulam com quatro. 


“Esses trens tem em média, 50 anos de uso, a manutenção é cara e permanente. O trabalho não é fácil e quando o usuário não colabora, quebra porta e banco, arranca a proteção de janelas, o problema vira perigo. Esse mês, por exemplo, duas proteções de janelas foram arrancadas, o próprio usuário pode ser atingido. Essa é nossa grande preocupação”, explica o superintendente da CBTU, Lucélio Cartaxo. 


O superintendente ressalta que são feitas campanhas permanentes com usuários. No fim do ano passado e início desse ano, por exemplo, segundo Cartaxo, arte-educadores fizeram panfletagens nos trens, nas estações e comunidades com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a necessidade de cuidar do patrimônio. 
Capacidade 


Em média, por dia, 13 mil pessoas circulam nos trens urbanos de João Pessoa. São feitas 28 viagens, diariamente, e cada composição (com cinco vagões) tem capacidade de transportar pouco mais de mil pessoas. Nos horários de pico, segundo o gerente de Operacional da CBTU, João Oliveira, mesmo nos horários de pico não há superlotação. “O trem não circula com um número de passageiros acima da capacidade. É claro que temos momentos em que o trem está cheio, mas isso não significa superlotação”, argumenta.

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